Foto retirada de Odara – Instituto da Mulher Negra
O Odara é o responsável por toda essa movimentação que acontece de forma nacional no Brasil. Uma organização negra feminista, centrada no legado africano, sediada em Salvador, na Bahia.
O Instituto surgiu em 2010 com o compromisso de atuar pelo fortalecimento da autonomia e garantia de direitos das mulheres negras, e pelo enfrentamento às violências raciais e de gênero; também mantém diálogos e parcerias com organizações de mulheres negras da Região Nordeste, do Brasil e da América Latina, por acreditarmos que a luta por liberdade e emancipação do povo preto e a construção de uma sociedade de Bem Viver e que precisa acontecer de maneira transnacional.
As movimentações do “julho das Pretas” foram criadas em 2013, e celebra o 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha.
No Brasil, a data também marca o Dia Nacional de Tereza de Benguela uma homenagem à líder quilombola, símbolo da resistência negra contra a escravidão.
A campanha Julho das Pretas, promovida por meio da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial e Cidadania, traz como tema em 2025
“Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver!”.
A campanha é celebrada em todo o Brasil, com uma série de atividades, como palestras, debates, rodas de conversa, oficinas, mostras de cinema, teatro e música.
Essas atividades têm como objetivo dar visibilidade às mulheres negras, suas histórias e lutas; Todos os anos traz temas importantes e necessários relacionados à superação das desigualdades de gênero e raça, colocando a pauta e agenda política das mulheres negras em evidência.
A população negra no Brasil é a maioria, correspondendo a 54% da população total, de acordo com o IBGE, e 28% da população são mulheres negras. Na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes. Contudo, tanto no Brasil quanto fora dele, a população negra é a que mais sofre com a pobreza.
O Mapa da Violência mostra que é a que mais morre por homicídio no Brasil.
Além disso, é a que tem menos acesso à educação, saúde e emprego de qualidade.
Diante deste cenário, o julho das pretas também atua nas escolas e é uma ação de fomento super importante para a promoção da igualdade racial e de gênero.
A ação contribui para a formação de meninas e adolescentes negras sobre a sua história e cultura, bem como sobre os desafios que elas enfrentam na sociedade promovendo a conscientização sobre o racismo e a violência contra as mulheres negras.
Neste ano, os diversos projetos do julho estarão atuantes em 236 atividades em instituições de ensino da Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe com ações que promovem formação política, debates, vivências culturais e práticas pedagógicas por igualdade racial e de gênero.
Que possamos continuar atuando e apoiando as diversas mulheres e seus projetos em nossa região para além do julho; Afinal a nossa raça sofre os impactos das diversas violências em todos os outros meses e dias do ano.
Fontes:
https://www.pmna.ms.gov.br/noticias/cidadania-e-assistencia-social/blitz-em-nova-andradina-marca-inicio-da-campanha-julho-das-pretas
https://institutoodara.org.br/julho-das-pretas/#:~:text=O%20Julho%20das%20Pretas%20%C3%A9,nas%20diversas%20esferas%20da%20sociedade.
https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/julho-das-pretas-entenda-o-que-e-e-qual-a-importancia
Colunista e membro do Instituto
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