Novembrou… e com ele os diversos temas sobre negritude filmes, séries, as mídias estão enegrecidas mais é realmente essa temática que precisamos?!
Podíamos debater sobre a Lei Áurea dentro da lei 10.639 discutindo sobre o impacto dela pois nos livros e a grande maioria acredita que a lei áurea garantiu a liberdade para os escravos de maneira imediata libertaram-vos sem nenhuma recompensa de todo o trabalho realizado a tantos anos, as mãos que enriqueceram os barões foram as mesmas que saíram vazias tentando levar consigo um pouco de esperança e dias melhores.
Darei a liberdade agora se vira!
Assim, muitos escravos acabaram abandonando as fazendas nas quais foram escravizados e mudaram-se para outras ou então foram para cidades.
Os libertos mudavam-se para distanciarem dos locais em que lhe trouxeram tanto sofrimento ou então mudavam-se para procurar por parentes e estabelecer-se juntos desses ou até mesmo procurar melhores salários, conforme descreve Walter Fraga.
A migração de escravizados gerou uma reação de grandes proprietários e das autoridades daquela época trazendo-lhes muita insatisfação, sobretudo porque os primeiros não aceitavam mais as condições de trabalho degradantes que existiam antes de 1888 e porque estavam sempre em busca de melhores condições com isso, os grupos de escravizados que migravam começaram a sofrer com a repressão e foram sendo taxados de vadiagem e vagabundagem.
A falta de acesso à educação por parte dos libertos, era uma preocupação para esses e foi uma questão fundamental para manter esse grupo marginalizado.
Sem acesso ao estudo, esse grupo permaneceu sem oportunidades para melhorar sua vida.
Se observarmos os dados atuais nosso país é constituído de 56,10% da população negra e muito dela ainda estão sob estas condições esses pensamentos, essa estrutura…
Nos sabemos bem que 1888 está bem longe porém, temos as mesmas questões de quando os escravizados foram libertos, as vagas de empregos há pessoas negras são em sua maioria de subordinados, as favelas destinados a população pobre e preta e ainda hoje a luta é por direitos iguais, reparação de um povo que sempre sofreu os reflexos dessa escravidão.
Anelise Silveira Cardoso
Membro e colunista do Instituto

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