Imagem retirada do Instagram @desenhodonando
Na labuta, no trampo, fazendo bico, ou na batalha, gírias que entre os brasileiros entendemos bem o que significa TRABALHO e SOBREVIVÊNCIA.
Neste ano, o Brasil observa uma tendência de crescimento dos trabalhos informais, apesar de também registrar um aumento no número de empregos formais. O trabalho informal, que engloba trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria sem CNPJ, atingiu um recorde de 40,3 milhões em 2024, com um crescimento de 2,1% em relação ao trimestre anterior.
Sabemos bem como as diversas empresas negociam com seus empregados afim de “segurar” o seu funcionário oferecendo dinheiro e burlar as leis trabalhistas fazendo desta forma uma negociação informal para que aquele funcionário fique mais tempo na empresa, desenvolva funções fora de seu expediente e em áreas que muitas vezes oferecem riscos, sem EPI (Equipamento de proteção Individual), sem capacitação, instrução; consequentemente temos um aumento e resultado de diversos fatores, incluindo a expansão de setores como construção e serviços, e a busca por maior autonomia e renda por parte de alguns trabalhadores.
Autonomia: “Capacidade de governar-se pelos próprios meios.” o sonho do brasileiro é ganhar bem, poder pagar suas contas para viver, ver seus filhos crescerem tomar a sua cerveja e fazer o seu churrasco sem preocupações, poder fazer o seu próprio horário, trabalhar com o que gosta isso sim é autonomia saber viver, poder transformar a sua vida e ser livre das armadilhas das empresas. Há leis que garantem os direitos dos trabalhadores, e a junção dessas leis é a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), instituída pelo Decreto-Lei nº 5.452 de 1º de maio de 1943, reúne as principais disposições sobre o regime de trabalho no Brasil.
Ela estabelece normas sobre jornada de trabalho, benefícios corporativos, remuneração, férias, direitos e deveres de empregadores e empregados, além de outros aspectos fundamentais das relações de trabalho.
A CLT foi criada com o intuito de proteger os direitos dos trabalhadores e equilibrar a relação de poder entre as partes e deviam fiscalizar as empresas, porém na prática muito das vezes não é efetivo.
Com as mudanças frequentes na legislação, é fundamental que os envolvidos na gestão empresarial e de pessoas estejam atentos às leis trabalhistas atualizadas para 2025.
A reforma trabalhista, criada pela Lei nº 13.467/2017, trouxe diversas mudanças na legislação trabalhista, flexibilizando diversos aspectos.
Porém, outros projetos vêm sendo discutidos, com o potencial de impactar diretamente o cotidiano das empresas. Abaixo estão as principais propostas em análise:
Revisão da jornada de trabalho: debates recentes indicam a possibilidade de reduzir a carga horária semanal para 40 horas. Além disso, pode ser aprovado que a remuneração de hora extra passe a vigorar a partir da 41ª hora.
Flexibilização das normas de trabalho remoto: mudanças em discussão, como as propostas pelo PL nº 5090 de 2023, incluem o fortalecimento das regulamentações para trabalho remoto. Definindo com mais clareza os direitos e responsabilidades de empregadores e empregados nesta modalidade.
Contribuição assistencial: a contribuição sindical pode ser reformulada e renomeada como “contribuição assistencial”, através do PL nº 4415/2023. Será mantida sua natureza opcional, mas com novas diretrizes sobre o desconto em folha de pagamento.
Embora as leis trabalhistas brasileiras tenham avançado em muitos aspectos, ainda existem desafios para a população negra no mercado de trabalho.
A população negra ainda enfrenta desigualdade salarial em comparação com a população branca, mesmo com leis que proíbem a discriminação racial no trabalho.
Dificuldades para acessar empregos formais e bem remunerados, o que pode perpetuar a desigualdade econômica.
Muitas pessoas negras trabalham em condições informais ou precárias, sem acesso a direitos trabalhistas básicos, como seguro-desemprego e aposentadoria.
A discriminação racial ainda é um problema significativo no mercado de trabalho brasileiro, afetando a população negra em diferentes setores e níveis de emprego.
Embora haja leis que visam proteger os direitos trabalhistas da população negra, ainda existem desafios para a implementação efetiva dessas leis e para a promoção da igualdade racial no mercado de trabalho.
Seguiremos acompanhando os debates propostos para este ano e que sejam melhorias que favoreçam o trabalhador para que este tenha mais tempo de qualidade com os seus.
Referências
https://flashapp.com.br/blog/leis-trabalhistas/principais-leis-trabalhistashttps://genyo.com.br/informalidade/#:~:text=Em%20termos%20mais%20pr%C3%A1ticos%2C%20os,em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20a%20per%C3%ADodos%20anteriores.https://preply.com/pt/blog/voce-sabe-quais-sao-as-girias-brasileiras-do-momento/#:~:text=As%20g%C3%ADrias%20brasileiras%20mais%20populares%20do%20momento,(pessoa%20ou%20algo%20positivo)%20*%20Lacrou%20(arrasou)
O povo negro na formação da sociedade brasileira
Por Suellen Andrews
Colunista e membro do Instituto
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