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POR TODAS NÓS 

Foto retirada de documentário Kbela – O Filme

Mês de março, um período tão importante e significativo, que ressalta a força, a beleza e a grandeza de ser mulher. O verdadeiro significado desta data nunca deve ser esquecido. Nossa história é marcada pela luta por condições mais justas, pela equidade e principalmente pelos direitos das mulheres. Luta essa que nunca terminou, vozes que por anos foram silenciadas, e outras que ainda ecoam pelo fim do assédio, da violência, de desigualdades e de qualquer forma de abuso.  

Em comemoração à esse mês, trouxemos indicações de obras protagonizadas por mulheres negras que retratam os percalços e as lutas diárias dessa longa caminhada, repleta de desafios e conquistas. 

Felicidade Por um Fio (Disponível na Netflix) 

Conta a história de uma mulher negra que tem o seu cabelo alisado quimicamente desde criança, inserida em um cotidiano em que a prática além de ser normalizada, é quase obrigatória. À medida em que ela começa a não se reconhecer e não se identificar mais com a sua aparência, ela embarca em uma jornada em busca do autoconhecimento, passando pela transição capilar e deixando seu cabelo natural externalizar esse sentimento. 

Medida Provisória (Disponível no Globoplay)

O filme brasileiro é protagonizado por Taís Araujo, em um momento em que ela se vê junto ao seu povo retrocedendo à terrível e trágica realidade do nosso passado, onde a população negra foi perseguida, atacada e privada de todo os direitos, principalmente o da liberdade. O filme remete a um momento da nossa triste história, deixando o incomodo e evidenciando o fato de que ainda atualmente precisamos lutar pelo nosso lugar e usar a nossa força e resistência para jamais deixarmos o passado chegar nem perto de se repetir.

Harriet – O Caminho Para Liberdade (Disponível na Netflix)
Inspirado em uma história real, acompanhamos a vida de Harriet Tubman, uma mulher negra que após ser escravizada durante anos, consegue escapar e se tornar ativista e líder do movimento abolicionista.
Triste e profundo, a trama se encarrega de não protagonizar equivocadamente aqueles que não participaram da luta e sim em contar a história de uma das verdadeiras heroínas de um período que nunca deveria ter existido.

Dear White People (Disponível na Netflix)
Em uma universidade em que o racismo percorre o dia a dia dos estudantes negros que ali frequentam, uma jovem insatisfeita e inconformada (como todos nós), Sam White, cria o programa de rádio intitulado “Dear White People”, em que denuncia de forma crítica e assertiva as situações que ela e seus colegas enfrentam diariamente. Em meio a tudo isso, a serie também acompanha a vida do grupo de jovens em suas experiências e relações.

Marielle – O Documentário (Disponível no Globoplay)
Quem mandou matar Marielle Franco? A pergunta que não se cala até os dias de hoje, infelizmente não é respondida neste documentário, mas é questionada. O documentário é sobre o legado deixado por uma mulher negra, bissexual e ativista política que jamais conseguiriam silenciar, se não fosse da maneira covarde e criminosa, como foi em seu assassinato.
Marielle, que sempre será um símbolo de luta e resistência, em uma das cenas iniciais do documentário, reproduz a fala Audre Lorde: “Não sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela sejam diferentes da minha”.

Grown-ish (Disponível no Disney+)
Fruto da Série Black-ish, que retrata histórias cotidianas e alegres de uma família negra classe média norte americana, esta série conta a ida da primeira filha dos Johnson (Zoey) a universidade e seus desafios e aprendizados nesse ambiente. Protagonizado por maioria de atores negros, a série retrata diferentes realidades de pessoas negras no ambiente universitário e como conciliar os seus sonhos, romances e lutas sociais ao mesmo tempo.

Kbela (Disponível no Youtube)
Para quem gosta de documentários, sugerimos o “Kbela”. Este curta é uma jornada que cativa o coração e a mente de quem assiste, pois somos convidadas a mergulhar na vida de mulheres negras que enfrentam o racismo e o machismo em seu dia a dia. Com uma narrativa autêntica, o filme lança luz sobre as experiências dessas mulheres, oferecendo uma reflexão profunda sobre a identidade, ancestralidade e empoderamento. Este documentário foi selecionado em festivais como o Festival Internacional de Cinema de Roterdã e receber prêmios em diversos eventos ao redor do mundo.

Com esse sentimento de pluralidade, diversidade e inclusão, desejamos que o significado deste mês se estenda por todos os dias em busca de um mundo mais seguro, justo e igualitário. Precisamos estar por nós e por todas nós!

Por Jade Reis
Responsável pelo blog do Instituto 

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