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Vida além do trabalho: A escravidão nos assombra novamente

Imagem criada com IA

A escala 6×1 diz muito sobre o país que vivemos onde o capitalismo e o status social é mais importante do que a vida de seu funcionário e a saúde mental é inexistente.

Os subempregos são os mais afetados por essa escala muitas pessoas têm como projetos temporários mais com as pioras nos cenários de contratações acabam permanecendo muito mais do que o planejado; por propostas de melhorias no salário e até mesmo dinheiro extra para uma sobrecarga de trabalho e dependendo da realidade de cada um acaba aceitando e piorando esse cenário trabalhista.

O tema não é novo. A redução da jornada está entre as reivindicações históricas do movimento sindical brasileiro e já mobilizou campanhas desde os anos 2000.

Para Jairo Nogueira, presidente da Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT-MG), a escala 6×1 se intensificou após a reforma trabalhista de 2017, que flexibilizou regras e transformou o domingo em dia de expediente comum.

Muitos trabalhadores defendem a 6×1 pois já foram ameaçados e tomados pelo pensamento de que caso seja aprovado perderam seus postos de trabalho, quando na verdade trabalhariam e renderiam bem mais nas suas funções, precisamos estar atento para que as informações cheguem corretas a quem já se tornou objeto de trabalho.

#VIDAALÉMDOTRABALHO essa é a hashtag para nos atentar as movimentações na câmara de deputados e de fato existe vida além do trabalho há diversos relatos sobre os impactos negativos desta carga de trabalho excessiva que beneficia somente a empresários. É tão real que nem nos demos conta de que é de fato uma escravidão moderna pois aposto que você também conhece alguém refém dessa escala, infelizmente negros e negras são maioria nesses setores com as maiores jornadas de trabalho. Além disso, nesses setores, são maioria entre os que recebem os menores salários.

  Representa um resquício da escravidão e afeta principalmente a população negra, sem direito ao descanso ou à própria vida.

Essa é a análise da psicóloga Ana Luísa Araújo Dias, mestra em saúde comunitária pela UFBA (Universidade Federal da Bahia) e especialista em saúde mental e políticas de equidade, com foco na população negra.

“Dá para fazer um paralelo [da escala 6×1] com o trabalho da escravidão mesmo, porque é um corpo que não é visto como digno de vitalidade. É um corpo apenas visto pelo caráter da produção e da exaustão”, compara.

Ela destaca como mérito do movimento VAT (Vida Além do Trabalho), liderado por Rick Azevedo (Psol-RJ), vereador eleito no Rio de Janeiro, colocar no centro do debate a qualidade de vida do trabalhador, e não somente os impactos da escala 6×1 na saúde.

Precisamos repensar o nosso Bem-Viver, nossa saúde coletiva, É a gente se enxergar como sujeito. Olhar para a perspectiva do viver, dos povos originários pensando o bem-viver, pensando uma vida bem vivida, bem sentida. Onde a gente possa ter esse olhar mais amplo para um existir com vitalidade.

Que possamos ter mais qualidade de vida e envelhecer com dignidade e saúde principalmente a mental.

Referências

https://reporterbrasil.org.br/2024/11/escala-6×1-afeta-mais-negros-reproduz-escravidao/

https://almapreta.com.br/sessao/politica/negros-sao-maioria-na-escala-6×1-e-tem-os-menores-salarios/#:~:text=O%20pesquisador%20Daniel%20Duque%2C%20do,transporte%2C%20com%C3%A9rcio%20e%20constru%C3%A7%C3%A3o%20civil.

https://www.brasildefato.com.br/2025/09/04/vida-alem-do-trabalho-fim-da-escala-6×1-reacende-luta-historica-do-povo-brasileiro/

Isabella Vidal de Almeida
Membro e colunista do Instituto

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